terça-feira, 17 de novembro de 2009

Oficina 2 - charge

O que é a charge?
O termo charge é proveniente do francês “charger” (carregar, exagerar). Sendo fundamentalmente uma espécie de crônica humorística, a charge tem o caráter de crítica, provocando o hilário, cujo efeito é conseguido por meio do exagero. Ela se caracteriza por ser um texto visual humorístico e opinativo, que critica um personagem ou fato específico.
Uma boa charge deve procurar um assunto atual e ir direto onde estão centradas a atenção e o interesse do público leitor. O chargista – por meio do desenho e da língua – utiliza o humor para buscar o que está por trás dos fatos e personagens de que se trata. Ele afirma e nega ao mesmo tempo, obrigando o leitor a refletir sobre fatos e personagens do mundo atual, a interagir com uma intertextualidade.
A charge é um tipo de texto atraente aos olhos do leitor; afinal, enquanto a imagem é de rápida leitura, transmitindo múltiplas informações de uma só vez. No entanto, o leitor do texto chárgico tem que estar bem informado acerca do tema abordado, para que possa compreender e captar seu teor crítico. Afinal, ali está focalizada e sintetizada uma certa realidade. E somente os que conhecem essa realidade efetivamente entendem a charge.
Também é importante verificar que a charge serve de estímulo à leitura de outros textos contidos nos jornais e revistas em que aparece; ou seja, possibilita atividades mais dinâmicas, interessantes, desenvolvendo ainda o interesse do aluno pela leitura e pela busca de novas informações. Além disso, ela tem muitas vezes o objetivo de convencer, influenciar – de acordo com uma determinada ideologia – o imaginário do interlocutor, a fim de torná-lo mais consciente da realidade.










O que são as tiras humorísticas?
É a arte de contar uma história por meio de seqüências de imagens, desenhos ou figuras impressos. Os diálogos entre os personagens, seus medos e inseguranças, suas vitórias e derrotas, enganos e acertos, seus pensamentos e a narração do próprio personagem, aparecem sob a forma de legendas ou dentro de espaços irregulares delimitados, que são chamados de balões.
As histórias em quadrinhos ou tiras humorísticas, são um meio artístico e de comunicação, que unem a literatura à imagem, compondo assim, uma outra forma de comunicação e expressão. Também refletem a idéia e a opinião do autor que origina a história, este por sua vez faz com que sua realidade social e cultural reflita em suas histórias.
As tiras humorísticas têm sua origem no século XIX. Em 1820, na França, vendiam-se as chamadas “canções de cego”, tanto em vários tipos de edições, das simples até as sofisticadas. As imagens e contos infantis com legendas, já tinham os seus heróis estereotipados de acordo com a situação cultural da época, com o intuito de oferecer ao povo uma chance de se transferir para a vida romântica de seus ídolos.
O Brasil se destaca especialmente na produção de quadrinhos infantis como os personagens do Maurício de Sousa e do Ziraldo.
A história das HQS tupiniquins é sofrida como tudo o que envolve cultura no Brasil. A primeira HQ brasileira se chamava O Tico-Tico e surgiu em 1905. Na era Vargas, o jornal Gazeta lançou a Gazeta Infantil ou Gazetrinha, caracterizada pela publicação de quadrinhos tanto estrangeiros quanto nacionais. Ela deixou de circular em 1950. Das importadas, as principais eram o Gato Félix e o Fantasma.
Em 1939, surgiu a revista Gibi. A rigor, a palavra significava “moleque” e ficou tão popular entre seus leitores que emprestou seu nome para designar todos os tipos de HQ no Brasil.

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